
Devagarzinho vague fluente no vazio. Em nada vezes nada navegue das margens à alma. Vaguei solitário –, vagar nos valida. Vagueando eus líquidos não movemos eus sólidos, mas removemos invisíveis amargos.
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Devagarzinho vague vazio no vasto, devaste. Mas se esconda sob as dobraduras das sobras. Em vozes vezes vozes emudeça interiores alardes. Sossegue suave. Desordenando as ordens ordene sentidos –, sinta não sentindo : sinta o não sentido. Sem aviso.
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Devagarzinho vague devagar numa lentidão límpida. Propícia a acolher vagabundagens intrínsecas. Recolhendo mágoas de si secas : descobrindo antídoto imunizador da essência –, inoculando venenos.
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Devagarzinho vague vivo nas mortes em vida vivendo mesmo morto. Submerso no mar de pedra : vagando nas batidas do compasso desafinado. Sem lágrimas nem desgraças, suplicas nem corações suturados, mentiras nem metades –, inteiro desviando do caminho enlameado.
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Devagarzinho vagueando entre ventos que depressa o tempo. Apreciando de longe a imperfeição perfeita feita na pressa.